Material de apoio PEA-GASCAR


Material de apoio aos Fóruns de Apresentação PEA-GASCAR

Prezados participantes do PEA-GASCAR,

Conforme informado estamos postando algumas informações úteis aos participantes inscritos.
As confirmações de inscrição serão enviadas até 02/12/2011. Se você ainda não realizou sua inscrição, ainda restam algumas vagas, entre em contato com: peagascar@katu.srv.br.

Programação:


13:00h – Credenciamento / Recepção
13:10h – Abertura  e mensagem inicial
13:40h – Apresentação do  PEA-GASCAR
·         O gasoduto
·         Licenciamento / Contratação
·         A Fase de Diagnóstico
·         A Proposta de Atividades Integradas
·         Próximas ações (janeiro a março de 2012)
·         Perfil dos Multiplicadores / Seleção
·         Vagas por área para este evento
14:50h – Intervalo  (seleção de perguntas)
15:10h – Respostas às principais perguntas
15:30h – Divisão em Subgrupos por Segmento
·         Identificação de principais questões do segmento naquela região
·         Definição de candidatos a multiplicador
·         Votação aberta no subgrupo
16:40h – Retorno à Plenária para apresentação dos multiplicadores eleitos
16:50h – Avaliações do Evento / Programa
17:00h – Encerramento


 
Texto de apoio aos Fóruns de Apresentação e Seleção de Multiplicadores

1.        Principais temas para discussão:

O tratamento dos temas propostos pode ser orientado para contemplar algumas especificidades das realidades urbanas, rurais e das unidades de conservação, como veremos a seguir. Antes disso, precisamos enfatizar que esse tratamento não deve ser de ordem teórica ou conceitual, mas comprometido com fatos e dados da realidade local (regional), apontando questões objetivas, concretas, percebidos por aqueles que vivem ali. E essas questões não precisam ser entendidas apenas como problemas, mas também como oportunidades e vocações, exercitadas ou potenciais. 
Para facilitar, vamos buscar alguns exemplos em torno de alguns eixos temáticos destacados na fase diagnóstica:

1.1. GESTÃO DE RESÍDUOS: São possíveis abordagens diferenciadas deste tema, adequando-se às realidades urbanas, rurais ou de unidades de conservação? No meio urbano, o que mais se destaca é a questão do consumo, do volume de resíduos gerados, a dependência de uma coleta ampla e regular e o descarte final. No meio rural, a questão também pode ser pensada a partir do consumo, mas de um consumo que se diferencia do primeiro como, por exemplo, pelo descarte de embalagens de agrotóxicos, assim como a coleta que, quando falha, induz ao depósito inadequado, à queima e ao acúmulo de restos que tanto ameaçam a saúde das populações próximas. Na realidade específica das unidades de conservação, independentemente de sua locação urbana ou rural, há que se considerar tudo o que foi posto acima, mas também a questão do turismo predatório, a falta de recursos humanos e equipamentos adequados e a gestão dos resíduos orgânicos gerados pelas próprias interações ecológicas, como folhas e galhos caídos nas trilhas e caminhos. O que mais poderia ser destacado na especificidade da realidade local?

1.2. RECURSOS HÍDRICOS: No meio urbano, a questão dos recursos hídricos se relaciona diretamente com o abastecimento de água, por sua vez elemento fundamental para a garantia da qualidade de vida das populações urbanas. O abastecimento está também relacionado ao saneamento básico, na coleta e tratamento dos esgotos urbanos que podem vir a comprometer outros corpos hídricos. Uma eficiente rede de drenagem das águas fluviais, distinta da rede coletora de esgotos, contribui para evitar enchentes, agravadas muitas vezes pela disposição inadequada de lixo e a impermeabilização dos solos urbanos, causada pelos telhados, asfalto e calçadas. Os efluentes industriais e despejos inadequados das residências, comércio e unidades de saúde são pontos de contaminação, e preocupação. Na zona rural, a realidade dos recursos hídricos passa pela preservação das nascentes e matas ciliares, que apesar de garantida por lei, é permanentemente ameaçada. O despreparo na utilização dos agrotóxicos e a prática secular das queimadas ameaçam os recursos hídricos, assim como o assoreamento dos rios e as intervenções humanas sem a necessária prudência, com a construção de barragens e alterações de curso dos rios sem o devido planejamento. As unidades de conservação, muitas delas geradoras de recursos hídricos, dependem de todos esses fatores para a manutenção do equilíbrio climático, condição necessária à sua sobrevivência. Toda essa realidade deve ser observada por uma lógica de bacias hidrográficas, algumas com seus conselhos gestores constituídos e operantes, outras nem tanto. De tudo o que foi exposto acima e muito mais que pode ser dito, o que mais se destaca na atual realidade local?

1.3. EDUCAÇÃO AMBIENTAL - ATITUDES E COMPORTAMENTOS: A Educação Ambiental pode e deve contribuir muito para o alcance de soluções diante das questões acima expostas e muitas mais. Em primeiro lugar, ao demonstrar a complexidade das relações que, tanto no meio urbano quanto rural, se interconectam e se sobrepõem. Em seguida, ao estimular e favorecer a participação qualificada dos cidadãos e, por meio deles, das instituições, na gestão dos recursos naturais, bens comuns que dependem da cidadania para a sua garantia. Nessa linha, o fortalecimento e o monitoramento das instituições e políticas públicas tornam-se complementares e indispensáveis.
Na fase diagnóstica, a Educação Ambiental foi, muitas vezes, associada a procedimentos de conservação ambiental e mudanças de hábitos e comportamentos. Assim, discussões sobre lixo, revitalização de nascentes, arborização, desmatamento, assoreamento, erosão, bem como técnicas e comportamentos que possam dialogar com as questões acima elencadas, devem ser tratados nos cursos e atividades do PEA GASCAR, sem que se perca a perspectiva estruturante da Educação Ambiental aqui proposta. Para isso, essas atividades devem priorizar os procedimentos dialógicos e participativos, estimulando a troca de experiências e o comprometimento coletivo, para além dos conteúdos técnicos associados aos temas destacados. Como vem sendo feita a Educação Ambiental no âmbito urbano, rural e nas unidades de conservação de sua região?

1.4. GESTÃO AMBIENTAL PÚBLICA - INSTRUMENTOS E DESAFIOS: A gestão ambiental pública é decorrente de um processo histórico complexo, permeada por influências culturais que constituem as práticas sociais das sociedades brasileiras. Inegáveis avanços recentes, instituindo novos marcos legais, não superam ainda, definitivamente, as marcas de décadas vividas sob regimes autoritários, tecnocráticos e excludentes. As práticas políticas brasileiras são, ainda, pautadas por relações clientelistas, assimétricas e acríticas, contribuindo para postergar e dificultar o pleno exercício da democracia participativa. Iniciativas de caráter republicano e transparente são exceções em um cenário no qual os sofridos avanços estão permanentemente sob a ameaça de retrocesso. A participação qualificada de atores sociais representativos da pluralidade que constitui nossa população e nossa cultura é ainda um objetivo a ser alcançado. O Estado se debilita ante o poderio de grandes corporações e interesses, mas também por suas próprias contradições. Diante de tantas tensões, quais as políticas públicas locais (federais, estaduais ou municipais) que podem ser reconhecidas, e quais os seus principais desafios?

2.       Perfil do Multiplicador

Durante os Fóruns de Apresentação do PEA-GASCAR serão realizadas indicações para multiplicadores nos segmentos Urbano, Rural e Unidades de Conservação. A definição de multiplicadores para cada um destes segmentos não está limitada somente ao local de moradia ou atividades exercidas pelos participantes, mas sim por habilidades e interesses relacionados à superação das principais vulnerabilidades identificadas para cada um deles.
Independente do segmento para o qual o participante pretende se candidatar a multiplicador, alguns requisitos devem ser observados pelo grupo no momento da escolha de seus representantes:

·          Disponibilidade para participar dos eventos de capacitação e integração
·          Comprometimento com o alcance de resultados
·          Representatividade junto a seu grupo social
·          Conhecimento da temática socioambiental relacionada ao seu segmento
·          Capacidade de construção coletiva em equipes multidisciplinares
·          Ânimo e disposição!

Após a realização do Fórum de Apresentação seguiremos mantendo contato. Independente da escolha dos multiplicadores, serão realizados fóruns temáticos bimestrais em todas as regiões do PEA-GASCAR, abertos ao público, garantindo a ampliação das ações de capacitação.

Para que possamos manter contato, verifique com a nossa equipe se os seus dados cadastrais estão completos e fique atento às novidades e ao material de apoio disponibilizado em meio virtual. A princípio nossos canais prioritários de comunicação são:

BLOG – katugenteambiente.blogspot.com (acompanhe notícias e tenha acesso ao material)